segunda-feira, 6 de abril de 2009

Para refletirmos...

Quantos e quantos não estão feridos bem perto de nós? Feridos pela angústia, pela dor, pelas desilusões... Qualquer que seja a ferida, Cristo tem o bálsamo! Veja este vídeo e reflita, irmão de farda!

Conhecendo o Seu Armamento


No meu contato com instrução militar, tenho visto a grande importância de se cuidar do corpo, da mente, da disciplina e do respeito às instituições e à hierarquia, para que jamais se quebre a cadeia de comando. Algo, entretanto, chamou-me mais a atenção do que vários desses elementos, e acredito que o leitor concordará comigo se eu disser que o militar que não conhece seu armamento e munição, não tem chances contra o inimigo em campanha.


Deparei-me, ao ler certo manual de instrução militar, com uma extensa nomenclatura a respeito de um simples fuzil. Era o percutor, carregador, a mola do percutor, a alça de mira, a massa de mira, o mecanismo de repetição... arrego, para quê tantos nomes? Qual a utilidade de se conhecer tantas coisas, todas as partes de uma mesma arma? Não basta treinar no estande de tiro, e usá-la, se necessário? Para que tantos cuidados com o armamento?


Nisso me vem aquele versículo onde o Apóstolo Paulo recomenda que nos apresentemos a Deus como aquele "que maneja bem a palavra da verdade" (II Tm 2:15). Pois bem, como manejar bem uma arma sem conhecê-la? E como manejar bem a Palavra sem conhecê-la também?


Assim como no fuzil, cada parte da Palavra precisa ser entendida como elemento de um todo. Não adianta eu tentar "atirar" usando apenas a massa de mira, não é mesmo? O projétil não vai deixar o fuzil por livre e espontânea vontade, estou certo? De igual sorte, se porções da Palavra forem tomadas isoladamente para tentar justificar uma postura do cristão militar, como ele poderá lidar com uma situação de confronto? Portanto, um conjunto bem articulado pode conduzir ao que se espera, efetivamente: combater o bom combate, no caso defender a posição bíblica, com coerência e precisão.


Manejar bem as Escrituras significa conhecer como cada uma das partes trabalha para que o todo seja usado de modo correto. Assim como no fuzil é básico conhecer como funciona o mecanismo de repetição, na Bíblia também é básico conhecer, com clareza e objetividade, o plano de Deus para a humanidade. Há muitos que lêem somente o Novo Testamento, ou os Salmos, ou o Apocalipse, mas se esquecem de compreender que a Bíblia possui uma unidade, igualmente, destinada ao propósito de revelação da verdade eterna, e de notificar a respeito da salvação consumada em Cristo. O conhecimento minucioso e gradativo das Escrituras é fundamental para quem efetivamente deseja ser um "atirador" no pelotão de elite da obra do Senhor dos Exércitos. Se não se fizer de tal maneira, os riscos para um possível "incidente de tiro" são iminentes.


A arma precisa estar regulada. Por vezes é necessário lubrificá-la, evitar que ela se molhe ou tenha contato com a terra. Não, não estou falando de se fazer uma "capa nova" para a Bíblia, mas sim de se cuidar para que ela não "enferruje" em nossas estantes, mofando, sem uso. Cuidar da Palavra é ter constante contato com ela, observá-la, preservá-la através do nosso modo de viver. Depende de quem porta essa arma para que tais prejuízos não ocorram. Uma revisão periódica das peças, dos componentes ou, trazendo para a nossa analogia, dos livros, é muito importante para que o todo não fique prejudicado por falta de manutenção.


Praticar nos estandes de tiro é igualmente importante. Afinal, como se constrói um atirador? Basta que este saiba como funciona um fuzil, ou uma pistola, e sair atirando a esmo? Como se desenvolve precisão na mira, definição de objetivos, identificação dos alvos? Através de uma prática constante, interessada em corrigir as falhas, para que não se desperdicem oportunidades e munição ao, possivelmente, enfrentar o inimigo. Não vejo outra coisa senão identidade com o princípio bíblico exposto em Mt 7:24, no qual Jesus afirma que é importante praticarmos a Palavra que temos ouvido. Se assim não for, de que adiantará termos o melhor instrutor e o equipamento adequado?


Finalmente, a responsabilidade sobre o porte da arma. Sabemos que a perda do fuzil ou de um simples projétil, pode dar cadeia. Quanto prejuízo os cristãos não têm dado ao seu Senhor por negligenciarem cuidados básicos com a Sua Palavra expressa nas Escrituras, dando-a a perder através de um modo de vida que não é proposto por Deus, ou simplesmente por não incutirem em si mesmos o cuidado que devem ter ao portar a palavra da verdade, e por isso deixam-na pelo caminho, abandonada? O Senhor não haverá de cobrar daquele que age de tal maneira?


Qual a missão que devemos pagar hoje?


Nessa rápida reflexão, vimos a responsabilidade do bom atirador, ao buscar conhecer sua arma, cuidar dela, conhecê-la minuciosamente, saber manejá-la com cuidado e presteza e exercitar-se na prática, não guardando os fundamentos da instrução de tiro como mais um tópico teórico que acaba por esquecer ao longo de sua vida. Não tratemos a Bíblia como uma arma de brinquedo, onde não há a necessidade de um conhecimento ao menos básico para que possa ser manejada. O exercício de tiro, a aplicação da Palavra em possíveis combates contra a incredulidade, precisa de uma constância, através de um testemunho digno e fiel. Que possamos ter, em nossa Força Terra e Céu, atiradores de elite, que saibam manejar bem o fuzil que carrega a boa munição.

Fonte: http://www.militarcristao.com.br/estudos.php?acao=texto&id=3
Por Cleber Olympio

Ética Militar à Luz das Escrituras



PRECEITOS DA ÉTICA MILITAR
(PORTARIA Nº 156, DE 23 DE ABRIL DE 2002)




I - Cultuar a verdade, a lealdade, a probidade e a responsabilidade como fundamentos de dignidade pessoal.


Pv 21:8: Tortuoso é o caminho do homem carregado de culpa, mas reto, o proceder do honesto.


II - Exercer, com autoridade e eficiência, as funções que lhe couberem em decorrência do cargo.


I Tm 1:18: Este é o dever de que te encarrego, ó filho Timóteo, segundo as profecias de que antecipadamente foste objeto: combate, firmado nelas, o bom combate.


III - Respeitar a dignidade da pessoa humana.


Rm 13:8: A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor com que vos ameis uns aos outros; pois quem ama o próximo tem cumprido a lei.


IV - Cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos, as instruções e as ordens das autoridades a que estiver subordinado.


Rm 13:4: visto que a autoridade é ministro de Deus para teu bem. Entretanto, se fizeres o mal, teme; porque não é sem motivo que ela traz a espada; pois é ministro de Deus, vingador, para castigar o que pratica o mal.


V - Ser justo e imparcial no julgamento dos atos e na apreciação do mérito dos subordinados.


Sl 17:2: Baixe de tua presença o julgamento a meu respeito; os teus olhos vêem com eqüidade.


VI - Zelar pelo preparo próprio, moral, intelectual e físico e, também, pelo dos subordinados, tendo em vista o cumprimento da missão comum.


Rm 12:11a: No zelo, não sejais remissos;


VII - Dedicar-se integralmente ao cumprimento do dever.


Sl 116:18: Cumprirei os meus votos ao SENHOR, na presença de todo o seu povo,


VIII - Praticar a camaradagem e desenvolver, permanentemente, o espírito de cooperação.


Rm 12:10: Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros.


IX - Ser discreto em suas atitudes, maneiras e em sua linguagem escrita e falada.


Is 52:13: Eis que o meu Servo procederá com prudência; será exaltado e elevado e será mui sublime.


X - Abster-se de tratar, fora do âmbito apropriado, de matéria sigilosa de qualquer natureza.


Pv 19:2: Não é bom proceder sem refletir, e peca quem é precipitado.


XI - Cumprir seus deveres de cidadão.


Jr 29:7: Procurai a paz da cidade para onde vos desterrei e orai por ela ao SENHOR; porque na sua paz vós tereis paz.


XII - Proceder de maneira ilibada em todas as situações.


Tg 3:13: Quem entre vós é sábio e inteligente? Mostre em mansidão de sabedoria, mediante condigno proceder, as suas obras.


XIII - Observar as normas da boa educação.


I Ts 4:10b-12: Contudo, vos exortamos, irmãos, a progredirdes cada vez mais e a diligenciardes por viver tranqüilamente, cuidar do que é vosso e trabalhar com as próprias mãos, como vos ordenamos; de modo que vos porteis com dignidade para com os de fora e de nada venhais a precisar.


XIV - Garantir assistência moral e material aos seus dependentes legais.


I Ts 2:11-12: E sabeis, ainda, de que maneira, como pai a seus filhos, a cada um de vós, exortamos, consolamos e admoestamos, para viverdes por modo digno de Deus, que vos chama para o seu reino e glória.


XV - Conduzir-se, mesmo fora do serviço ou quando já na inatividade, de modo que não sejam prejudicados os princípios da disciplina, do respeito e do decoro militar.


I Pe 1:17: Ora, se invocais como Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo as obras de cada um, portai-vos com temor durante o tempo da vossa peregrinação.


XVI - Abster-se de fazer uso do grau hierárquico para obter facilidades pessoais de qualquer natureza ou para encaminhar negócios particulares ou de terceiros.


II Cr 19:7: Agora, pois, seja o temor do SENHOR convosco; tomai cuidado e fazei-o, porque não há no SENHOR, nosso Deus, injustiça, nem parcialidade, nem aceita ele suborno.


XVII - Abster-se do uso das designações hierárquicas em atividades que venham a comprometer o bom nome das Forças Armadas


I Pe 2:13: Sujeitai-vos a toda instituição humana por causa do Senhor, quer seja ao rei, como soberano,


XVIII - Zelar pela observância dos preceitos da ética militar.


I Pe 2:17: Tratai todos com honra, amai os irmãos, temei a Deus, honrai o rei.

Fonte: http://www.militarcristao.com.br/estudos.php?acao=texto&id=194
Por Cleber Olympio